quinta-feira, 21 de maio de 2015

Me peguei pensando...

Essa semana mais um caso de violência na Zona Sul da cidade chocou a população e comoveu a opinião pública. A todo momento manchetes na tv e nos jornais falam sobre o caso do ciclista esfaqueado pelos menores na Lagoa Rodrigo de Freitas. A timeline do meu facebook não para: uns defendendo a redução da maioridade penal de um lado, outros comparando o crime a tantos outros que acontecem na cidade e não são veiculados com tanta veemência nos meios de comunicação, cada um bradando A VERDADE, a sua verdade.

Me peguei pensando sobre a vida e sua brevidade, sobre o acaso e as fatalidades, o destino e tantas coisas do tipo... Precisamos viver, fazer o bem, amar ao próximo como a nós mesmos e esse último é tão difícil de se colocar em prática na hora da tragédia. Num momento estamos aqui, em outro não estamos mais, e o que fizemos nesse intervalo?

Me peguei pensando nesse falatório todo. Logo, logo todos esquecem, até que o próximo "cidadão de bem" seja brutalmente assassinado, por hora, todos estão indignados. Mas o que podemos efetivamente fazer por um mundo melhor, menos violento, menos radical. Parece que estamos de pés e mãos atados, reféns de políticas, filosofias, padrões que se repetem, discursos que só mudam de lado mas no fim dão no mesmo, infindáveis discussões que a nada levam nas redes sociais, nas filas e salas de espera. Rodando e rodando...

Me peguei pensando na cidade partida, nos dois Rios de Janeiro que amo e vivo. A cidade onde  os crimes da Zona Sul são resolvidos rapidamente e os do subúrbio nem são conhecidos. Onde todos, independente da região que moram, tem a sensação de ser reféns da criminalidade, da saidinha de banco, do sequestro relâmpago, do roubo de celulares, dos arrastões nas praias, das facadas, ou qual seja a "violência da moda". Dividida entre "coxinhas" e "esquerda caviar", onde todos julgam o outro como alienado. Onde o estão os pontos turísticos, as belezas naturais, o cartão postal, mas também estão as favelas (não só os morros pra turista ver), o descaso com a educação, com a saúde, o transporte. A cidade que tem o gingado brasileiro representado no exterior por suas calçadas de ondas, sua Garota, suas novelas, seu sotaque goxxtoso, sua música, mas no dia a dia a educação fica a desejar quando seus habitantes ouvem música sem fone nos meios de transporte, joga lixo no chão, fura fila, finge que está dormindo no assento preferencial, dá carteirada e suborna tudo e todos.

Me peguei pensando que esse texto está confuso, cheio de pontas soltas, vários assuntos, vários anseios e nenhuma conclusão. Mas a vida é assim mesmo... caótica, confusa, muitas vezes não temos solução para os nossos problemas, para as mazelas da sociedade, mas temos que continuar vivendo da melhor maneira.

Me peguei pensando que seja onde eu estiver só quero paz. Paz na rua, no bairro, no facebook, na cidade, paz com o próximo e comigo mesma. Poder andar sem medo na rua seja de manhã ou de noite, discutir sadiamente com as pessoas sem precisar "desfazer a amizade", ter serviço público de qualidade, acesso a informação, cultura e lazer. Estranho que  ao desejar essas coisas parece que estou desejando o inatingível, o impossível, um sonho! Mas é só o básico.






quinta-feira, 14 de maio de 2015

Hostel, por que não?!



Uma coisa que quero falar a tempos é sobre hostel. Por quê? Porque quando digo que vou viajar e me hospedei num hostel as reações são as mais variadas e surpreendentes possíveis: "Ai credo! Dormir com estranhos no mesmo quarto?!" "Vc não tem medo de roubarem suas coisas?!", são apenas algumas delas, mas quando traduzo a palavra hostel (albergue) é que o povo pira: "Mas albergue não é aqueles abrigos pra mendigos?", e por aí vai...
Somado a isso temos aquela clássica frase: "Não tenho grana pra viajar, hospedagem é tão caro...", e cá estou eu pra ajudar você a sair dessa! rsrs

Então como diria Jack Estripador, vamos por partes...

O que é um Hostel?

Basicamente, hostel é uma hospedagem diferenciada pelo fato de ter as áreas comuns (living, cozinha, sala de jogos...) e os quartos compartilhados. Isso faz com que se tenha um serviço de qualidade por um preço mais acessível. Uma característica marcante do hostel é a interação social, por isso os hostels são bastante procurados por viajantes sozinhos, grupos, mochileiros e todo tipo de pessoas aberta a novas amizades, que esperam fazer dessa hospedagem parte da experiência da viagem (ou que querem pagar mais barato apenas! hauhauhua)

Mas não é perigoso dormir com um monte de estranhos no mesmo quarto?

Perigos existem em todo lugar e em tudo que se vá fazer, mas nem por isso deixamos de fazer nossas atividades normais do dia a dia, né?! Bom, geralmente, os hostels tem portaria e algumas regras mas isso varia muito e nem sempre garante muita coisa. Nos quartos, a maioria dos hostels tem lockers ou guarda volumes onde você pode guardar todas as suas coisinhas, colocando um cadeado (não esqueça o cadeado! rsrs). Quando me hospedei em hostel pela primeira vez, ficava o tempo todo igual uma formiguinha, guardando tudo como se alguém fosse roubar até minha escova de dente, mas com o tempo vai pegando a manha e sabe o que dá pra deixa mais relax e o que não dá.


Mas sei lá... se alguém te agarra no meio da noite?!

Não vou te dizer que nunca pensei isso... hauhuahuahuhauhauhuaa
E pra mim foi uma ótima experiencia ficar num hostel misto logo na minha primeira hospedagem. Eu era a única menina no quarto e isso não fez a menor diferença! Ficou todo mundo de boa, fiz amizades, aprendi sobre a cultura deles e eles da minha, e algo que me chamou muito a atenção foi o espanto deles pelo fato de eu, uma brasileira estar viajando sozinha e hospedada em quarto misto. Claro que isso tem mudado muito, mas é notável os gringos estão bem à frente nessa questão.
Acho que nesse caso, o lance é não dar "ocasião ao ladrão" e usar a racionalidade, alguns medos são realmente irracionais. Cabe a nós saber medir o que é real e o que não é e se controlar.


Como vou saber em qual hostel me hospedar?

Uma rápida pesquisa no google dá conta de resolver seu problema. Há vários sites de avaliação de hospedagem (Tripadvisor, mochileiros.com...) mas o boca a boca também funciona muito bem. É sempre bom saber a opinião de outras pessoas sobre o hostel, o que gostaram e o que não gostaram, pra poder avaliar se a hospedagem se enquadra em seus critérios.
Outra boa opção é buscar hostel que pertença a uma rede, tipo os da HI Hostel, Che Lagarto, Hostelworld, porque eles precisam se adequar a um certo padrão de qualidade, então é quase (eu disse quase) certo que sejam bons.



Vantagens de se hospedar em um hostel



Economia

Eu já falei que é mais barato né?! Mas é sempre bom repetir! Isso conta muuuuitoooo!

Outra coisa que te permite bastante economia é que a maioria dos hostels oferece café da manhã incluso, e a cozinha é comum a todos ou seja você pode preparar alguma coisinha pra comer nas outras refeições e economizar mais um pouquinho.

Mesmo que você opte por ficar em quarto privado (casal ou família) ainda sim a diária é mais barata que em hotéis e pousadas.



Diversão e companhia

No entra e sai de um quarto de hostel se consegue muita coisa! Dicas de passeios e lugares para ir, aquela última pessoa que estava faltando no carro pro passeio ter aquele desconto, uma amizade que vai pra vida, ou apenas pessoas que vão passar mas vão deixar sua marca.

Se você está sozinho, ótimo! Os grupos te adotam ou você encontra alguém também sozinho e pronto!

O clima como um todo é acolhedor e isso vem desde os donos (que muitas vezes estão lá conversando com os hóspedes), ao staff e hóspedes. 



Desvantagens de se hospedar em um hostel


O que pode ser desvantagens pra uns eu considero como aprendizado e risadas no futuro por mais que na hora posa irritar um pouco: é um hóspede mala, pessoa que não entendeu o conceito da hospedagem e não sabe dividir espaço, coleguinha com chulé, bafo, cecê ou similares e por aí vai...

Se o hostel tem poucos banheiros para muitos hóspedes pode ser uma desvantagem também mas nada melhor que traçar um planinho e tomar banho nas horas menos procuradas.


Importante: Observar a política do local, sobre check in, check out, atrasos, serviços, taxas, e o que está incluso na diária para evitar mal entendido. Também é bom fazer a reserva antes.


Espero que você tenha experiências maravilhosas! Me conta, viu?!