Acordei cedo e parti rumo ao aeroporto o ônibus da fretcar que vai pra Jeri sai da rodoviária e do aeroporto a passagem é em torno de r$ 58,00, comprei a passagem no horário da manhã pra chegar lá de tarde, são 6 horas de vagem ao todo. Fui lendo dormindo, dormindo e lendo e nada de chegar, Chegamos numa cidadezinha chamada Acaraú e lá é a parada para o almoço num simpático castelinho! Comida boa, bastante variedade, um suco e água "grátis"
Depois do almoço o ônibus segue até Jijoca e lá trocamos do ônibus para a Jardineira. Êêêêê parte final da viagem!! ERRADO! Seria se a jardineira não tivesse quebrado no meio do caminho! Desce todo mundo, espera o próximo carro vir nos buscar... a essa altura eu estava começando a ficar preocupada com a minha hospedagem já que fui sem reservar nada só estava com o nome de um hostel... Mas a paisagem estava tão bonita que o melhor a fazer foi relaxar...
Castelinho em Acaraú
Ih deu ruim!
Ahhh deu bom!! rsrsr
Conheci uma paulista no ônibus e acabei decidindo não ir pro hostel que eu queria inicialmente e fui pro dela: Jeri Brasil Hostel. Consegui hospedagem lá mas o rapaz que foi com a gente não conseguiu, aí já aproveitei e fiz a carteirinha do HI Hostel, foi R$ 25,00 dá desconto em hostels da rede HI no território brasileiro por um ano, e só o desconto que tive nessa viagem já cobriu o investimento de 25 reais.O hostel é bem legal, limpo, perto de tudo (o que em Jeri não é perto? rsrs), pode fazer comida, café bom com bolos, frutas, ovos, queijo, presunto, sucos e etc... Fui pro quarto fazer amizade, descansar, tomar banho e explorar a noite. Não sou muito da noite então queria mesmo era jantar, de preferência frutos do mar. Andamos tudo (são poucas ruas de areia, ai que delícia!) e escolhemos um restaurante bem bonitinho chamado Cantina Jeri pra comer a tal da lagosta grelhada. Custou R$ 39,90 para dois vinha com arroz, aipim frito e salada, achei justo! E estava beeeem gostoso.
No dia seguinte...
Íamos fazer o passeio das lagoas hoje mas acabamos preferindo ficar por lá mesmo e conhecer a Pedra Furada, mais duas paulistas se juntaram a nós. Subimos o Serrote e fomos a pé para a Pedra Furada. Ufaaaaaaaaa! Momento língua pra fora! hauhauhua Cansei mas a recompensa é a paisagem linda! Ventinho o tempo todo. Tem vendedores no caminho mas é melhor levar sua água pra garantir. Como fomos devagar acabamos chegando junto com o grupo de turistas que fazem o passeio de buggy, aquela muvucada pra tirar foto... haja paciência rsrs
Com uma vista dessa quem lembrar de cansaço?!
Pedra Furada
Alguns falam que não tem nada demais na Pedra Furada mas eu amei, imagino que deve ser muito lindo ver o sol nascer no meio dela (em determinadas épocas do ano dizem que dá pra ver isso), mas de qualquer forma eu achei bem bonita.
Voltamos pra Praia Principal e passamos o dia lá. Achei as coisas baratas nos ambulantes, refri e coco gelado R$ 3,00, queijo coalho R$ 4,00... Agora as cadeiras... Meu Deus! Eles metem a mão! O cara queria cobrar R$10,00 a hora pra cada cadeira! Tá louco ele! Pior que até dá pra ficar sem cadeira mas não é muito legal porque venta muito, a canga não para no lugar, enche de areia, enfim, choramos e acabamos pagando R$30,00 para o dia todo pra 4 cadeiras, menos de 10 pra cada tá bom né...
O mar lá é bem tranquilo, raso, água morna, muita gente fazendo esportes aquáticos, tudo de bom! Um senhorzinho passou vendendo bolinho de bacalhau e nos falou sobre uma piscina natural no canto direito da praia, de tarde fomos lá conferir e que maravilhaaaaaa, muito bom!
No fim da tarde se você olhar para o lado esquerdo vai ver um monte de gente subindo a duna pra ver o pôr do sol, parece um monte de formiga num monte de açúcar. Fomos pra lá e apesar do vento forte, foi encantador!
Na descida da duna fomos para a praia e vimos a roda de capoeira, depois voltamos para o hostel pra tomar banho e sair pra jantar. As meninas do meu quarto, também de São Paulo, levaram a gente em um restaurante simples que servia pratos executivos, tudo muito gostoso e barato chamado Ponto do Big, comi Arroz, feijão, batata frita, salada, farofa e bife por apenas R$ 10,00, suco R$ 4,00 Delícia! Comida barata e gostosa: Adoroooooo!
Fomos à sorveteria Gelato&Grano tomei sorvete de chocolate com pimenta e tapioca, muito bom! Ficamos na pracinha conversando e contratamos o passeio para as lagoas amanhã por R$ 160, sendo R$ 40,00 pra cada.
Piscina natural
Pôr do Sol na Duna
Passeio às Lagoas
Acordamos cedo, tomamos aquele café reforçado e quando o rapaz do buggy chegou estava chuviscando , poxa logo no tão esperado passeio das lagoas que chove! Mas o rapaz disse que ás vezes lá chove de manhã um pouco mas depois sai um solzão, resolvi acreditar! Na primeira parada do passeio descubro que deixei a bateria da minha câmera carregando no quarto! Affffffffff
Q-U-E-R-A-I-V-A!
Mas não deixei isso nem a chuva acabar com a expectativa do passeio! Paramos nas corujinhas fofas que ficam numa toca, passamos bem rapidinho na árvore da preguiça. Como em Jeri o vento sopra o tempo quase todo, algumas árvores acabam crescendo meio que deitadas no sentido do vento, a árvore da preguiça é uma das maiores e é a mais famosa. Parada apenas para foto e seguimos para a minha maior expectativa: A Lagoa Paraíso!
Se você buscar no google por Jericoacoara, com certeza a maioria das fotos que aparecerão serão da Lagoa Paraíso, aquela paisagem clássica de uma praia de areias claras com quiosques de palha, mar calmo de cor estonteante e redes instaladas dentro do mar fazendo você se sentir muito rainha, plena e absoluta!
Imagem da internet: Lembra que eu esqueci a bateria da câmera no quarto? Então...
Nossa o nome não podia ser mais apropriado! Um paraíso! Ficar ali de boa naquelas redes na água em mil tons de verde e azul espetaculares não tem preço! Ah o buggueiro estava certo! O Sol saiu!!
Não podemos esquecer o filtro solar, devido o vento fresco o tempo todo você se queima e nem percebe...
De lá fomos para a Lagoa Azul que é menor e com a água mais parada que a Lagoa Paraíso, também é bonita mas a primeira não tem igual! Ficamos de boa no quiosque e nas redes na água, comemos um camarão e batata frita do self service do quiosque e deu aproximadamente R$20,00 pra cada incluindo bebidas, o meu deu menos porque não bebo cerveja. Na volta ainda fomos na Praia do Preá, o buggueiro Felipe mostrou a casa dele, falou dos costumes do pessoal de lá, da vida dele, enfim, um cara maneiro demais.
A água das lagoas é doce, das chuvas. quanto mais chuvas na estação, mais cheias as lagoas ficam! Estranho porque tem maior cara de mar, né?! rs
Lagoa Azul, não tenho foto da Lagoa Paraíso.. Vou voltar só pra ter! rsrs
Voltamos pro hostel e depois de tomar banho e descansar um pouco saímos em busca de comida. Queria porque queria comer o tal camarão no abacaxi! Como gostamos do Cantina Jeri resolvemos voltar lá agora com as outras duas colegas paulistas pra experimentar esse prato famoso, mas para nossa surpresa o atendimento foi péssimo! Tanto que desistimos de comer lá! Que ridículo! A atendente apesar de ter mesas vazias não nos deixou entrar logo, outras pessoas que estavam esperando também passaram nossa frente, deu pra perceber que estavam fazendo diferença entre clientes, depois de muito custo sentamos e ela fez questão de dizer: Olha cartão não está passando tá?! (Tipo: nós temos dinheiro!! E não é complexo de pobre não! A entonação foi bem clara!) No primeiro dia a gente estava chegando na cidade, mais arrumadinha, a cidade estava mais vazia enquanto sábado tinha cliente com cara de rico, de estrangeiro pra todo lado! Que raiva cara! Depois e fazer o pedido ela veio umas três vezes com muita ´má vontade e cara de nojo dizer que ia demorar muiiiiito pra aprontar, aí fomos embora! Já é demais! Acho que aguentamos demais! Fomos pra outro restaurante o Rústico e Acústico e comemos carne de sol com aipim e feijão tropeiro, muito saboroso por R$ 17,00 sem bebida. Achei que os restaurantes fecham cedo sábado! Nem eram 23:00 e esse restaurante estava quase fechando, os garçons boladões porque a gente chegou faltando pouco pra fechar! "Desculpa mas a culpa não foi nossa..." rsrs
E camarão no abacaxi que é bom: N-A-D-A!
Último dia em Jeri
Acordei mais tarde um pouco e tomei aquele café reforçado no hostel, dia calmo, sem correria, último dia na cidade... Fui com duas meninas do meu quarto pra praia da Malhada que fica muito próxima do hostel. Ficamos lá um tempinho, uns mergulhos, umas fotos, e vento, muito vento. Como nessa praia tem algumas pedras preferimos voltar para a praia Principal. Tinha um slackline dando sopa na praia fui lá me meter a besta e tentar subir: não durei nem 5 segundos! Mas valeu a tentativa... quando os donos chegaram achei melhor sair de cena mesmo eles sendo simpáticos e solícitos em ajudar, tava muito sol, areia muito quente...
Uma das meninas comprou macarrão instantâneo e eu comi com ela no hostel. De tarde ficamos de vida boa debaixo de um coqueiro de um restaurante na beira da praia, o sol tava de matar e como a minha companheira era bem branquinha procuramos uma sombra... Quando o sol deu uma baixada ficamos na piscina natural, conhecemos algumas pessoas lá...
No final da praia no canto direito tem um hotel e lá alugam kaiak, windsurf, kitesurf... Optamos pelo kaiak porque era mais barato e mais fácil de fazer em pouco tempo. Pagamos apenas R$ 10,00 a hora! Adorei o preço... Agora andar de kaiak foi um capítulo a parte! Eu já fiquei meio cabreira com o termo que a gente tem que assinar se responsabilizando dizendo que sabe manusear o equipamento etc.
Entramos na água e estava cheio de gente fazendo windsurf, o que dava um visual lindo! Fiquei com medo de esbarrar nas pessoas e como o vento estava a meu favor acabei indo para o lado oposto, o lado da duna. Nossa! Eu estava me sentindo "A Remadora", deslizando sobre a água!Pensando: Nossa até que é bem fácil essa parada de kaiak! Daqui a pouco, olho pra um lado: NADA! Olho pro outro: duna e NADA! Olho pro outro lado: horizonte, sol e mais NADA! Bateu uma certa paúra! Resolvi voltar pro lugar movimentado, até porque minha companheira de kaiak ficou lá no meio do windsurf, estava completamente alone naquele mundão de mar, e pra mim que não estou acostumada foi um tanto apavorante. O problema foi voltar remando contra o vento e contra a maré! Eu não saía do lugar nem por nada! Depois de muito lutar resolvi verificar a profundidade da água e para minha surpresa estava no joelho como sempre! Eu apavorada à toa! Não fiz cerimônia: desci e fui arrastando aquela porqueira que não saia do lugar mesmo!
Quando me aproximei das pessoas claro que subi no kaiak de novo e fingi que nada daquilo estava acontecendo, como se ninguém tivesse visto! Mico é comigo!
Depois dessa maratona de susto e risadas, resolvi andar a cavalo, disseram que era R$ 15,00 a hora, mas não achei a pessoa responsável por alugar o cavalo Tive que me conformar com a piscina natural mesmo! Ai que chatooooooooo
Depois o espetáculo ficou por conta da natureza!
QUE-PÔR-DO-SOL-FOI-A-Q-U-E-L-EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE???
Pôr do sol perfeito
Fechando o dia com chave de ouro
Nos restou contemplar essa maravilha da natureza até o fim e foi bem melhor do que na duna pois não estava muvuca, só a gente! Do outro lado eram tantas cores no céu que nem aparece na foto, por isso nem postei, a foto não faz justiça ao céu que estava ali.
Voltamos para o hostel extasiadas com aquele pôr do sol, comemos um macarrão com vegetais delicioso que uma das meninas fez e ficamos conversando. Tomamos banho, descansamos um pouco e fomos de novo pra vila dar um passeiozinho da minha despedida. Sério, não dá vontade de ir embora!
Paramos pra conversar com uns "hippies" (nossa tem muuuuuuuuuuuuuuitos lá, parece que só tem hippie e gringo rsrrs) e eles são muito legais! Que papo! Que cabeças! Conhecer um pouco da história de cada um, o trabalho que fazem pra sobreviver, os lugares por onde já passaram, pra onde pretendem ir, enfim muito agradável meu final de noite... Só me arrependi de não ter comprado um colar escrito "Love Jeri"
Quando deu a hora fui pro ponto pegar a jardineira e como eu estava morta de cansaço, fui dormindo balançando com medo de cair da jardineira! Num dos meus cochilos uma mulher quase me matou do coração dando um grito! Quando acordei me deparei com mais um espetáculo da natureza! Uma lua cheia linda, mas tão linda que não tenho palavras pra descrever aquele céu estrelado com aquela lua! Pena que não tenho foto! Eu considero essa lua como um último presente de Jeri, porque todos os dias eu procurava a lua de noite e não achava, já estava indo embora frustrada e de repente: Que lua!!
Bom fui embora sem ir ao forró e sem comer a torta de banana (quando fui comprar tinha acabado), não fui à Tatajuba pois o próprio buggueiro disse que a lagoa estava meio seca por falta de chuva. Motivos para voltar não me faltam, só resta saber se é pra ficar. Porque sem um pingo de exagero, eu moraria lá tranquilamente.
Enfim amo Jeri e ponto!